quinta-feira, dezembro 06, 2007

segunda-feira, dezembro 03, 2007

quarta-feira, novembro 28, 2007

Bingo.

- É natal! Vinte e cinco! Dooois, cinco ...
...

segunda-feira, novembro 05, 2007

Hopi - 2.


Dando todo apoio moral que preciso.

Hopi - 1.


sábado, novembro 03, 2007

sexta-feira, outubro 19, 2007

terça-feira, outubro 16, 2007

O Flautista - página 4 de 8.

Nessa semana de desenhos, primeiramente forçados, percebi muitas coisas.

A mais importante é que dormir ou não dormir não faz muita diferença.

A menos importante para os outros, mas de grande influência na minha arte, é que não desenhar é tão importante quanto desenhar, ou até mais importante. Adotei o espaço vazio como meu lema.

Se eu morasse no Japão, nascesse lá, seria um mangaka - autor de mangá, com assistentes ou não, que vive para o desenho e, muitas vezes, mora em um estúdio. Queria ter a oportunidade de conhecer um bom, como o Yoshiyuki Sadamoto. Admiro esse caras, apesar de tudo.

O Flautista - página 2 de 8.


Preliminares para "O Flautista".


Com exceção dos desenhos (poses e estilos), na prática não consegui transportar à nenhuma página as idéias iniciais esboçadas acima.

quarta-feira, outubro 10, 2007

A menor fábula do mundo.

- Eu não! - disse o porco.

O otimista.

Não se preocupe,
Tudo dará certo.

domingo, outubro 07, 2007

quarta-feira, setembro 26, 2007

Rock n' Roll - 2.

Ou ,talvez, música eletrônica.

A Barata Amada.

Uma barata rói
meu dedo enquanto
durmo. Acordo com
a raiva de um
soldado e com
o lençol a fuzilo.
Sem piedade.

A barata cai
no infinito atrás
do beliche e
durmo novamente,
preocupado. “Está
viva ou morta, depois
da mortífera pancada?”

O sono volta,
paro de pensar
na barata morta e
tomado sou da
realidade, do consciente.
Sonho com
minha amada.

Na conversa onírica,
debatendo o futuro, ajeitamos
destinos, plantamos
promessas, acordos.
Despeço-me formalmente,
respeitando imensamente
minha querida – sem beijos quentes.

No trabalho vou
sonhando em meio ao
caos, desordem e
impureza. Imaginando
o que, realmente,
foi sonho ou
realidade na manhã pitoresca.

Minha amada criou
asas e comigo
foi pelo dia
afora. E a barata,
falando, foi
o seu significado
interpretando.

No fim da noite, com a
barata ainda converso – minha
nobre realidade.
Passadas as horas
importantes, suspiro,
triste. E confesso-lhe a verdade:
“que falta sinto de minha adorada”.

terça-feira, setembro 18, 2007

domingo, setembro 16, 2007

sábado, setembro 15, 2007

Cabra macho, sim senhor!

Rosemar sentia-se triste pela vida que levava.
No dia 29 de outubro, Rosemar procurou a liberdade. Esperou seu filho dormir, sua mulher roncar, o grilo cantar antes do galo, e, sentado na única mesa da casa, ao lado de uma garrafa d’água e um sujo copo quebrado, decidiu embebedar-se – como em um dos dois filmes que teve a oportunidade de ver no decorrer da vida, e que chegou cálido e confortável na memória.
Encheu o copo – com a água da garrafa – e mandou pra dentro. Tá! – o copo bate na mesa – o líquido desce resistindo, quente, rasgando. Mais um copo, mais outro. Tá! Tá! Tá! ... Rosemar sentia a realidade, tomada em goles.
Quando o galo cantou, após o grilo, quando o negro da noite acinzentou-se, Rosemar enlouquecia de melancolia; triste como os bezerros criados para a vitela, Baby Beef. Porém Rosemar não era boi, muito menos bezerro, era cabra macho! Era chama forte que, um dia, ardeu e iluminou longe, carne de pescoço, como disse o poeta. Todavia, em meio aos Beefs e carnes tenras, a chama esmaeceu; sobrou uma chama pequena, como as que dançam com dificuldade no topo da vela. Ali estava Rosemar, sentindo o formigamento do corpo; dando fim a um potencial. Não digam que não sofreu, que não chorou.

Três curtos dias depois no hospital, Dr. ... deu a notícia à família:
- Foi coma alcoólico, sinto muito.

Na cabeça dos conhecidos a última imagem foi o sorriso. Mas Rosemar não sorria quando, refestelado na cadeira, olhando para o chão, entregue à inércia e sufocado pela tristeza, sentia o momento de sua morte.

Mamãe ...



"Mamãe ... por que os seres humanos são tão deploráveis?"



Ao professor com carinho.

Como fala,
Anão pedante;
Mostrando sua ignorância decorada.
Mostre-me dados relevantes
Não essa sua ladainha enfeitada.

sexta-feira, setembro 14, 2007

A Formiga.

A formiga trabalha ...
Trabalha, trabalha ...
E me lembro de Neruda:
É verdade que no formigueiro
Os sonhos são obrigatórios?

domingo, setembro 09, 2007

sexta-feira, setembro 07, 2007

Sobre Dr. Paulo e sua avó.

- Não sei explicar o que aconteceu, doutor. Eu simplesmente fiquei tonto e vomitei.

- Mas não é possível. Por que fez isso, afinal de contas?

- Foi uma loucura. Fiquei intrigado com aquele fluxo que não parava; que ninguém nunca interrompia depois de começado. Fiquei revoltado e forcei a bexiga para parar; parou, mas tudo ficou escuro; senti náuseas, fraqueza. Quando dei por mim já havia vomitado e estava com as roupas todas mijadas. Além do chão do banheiro. Um horror, Dr. Paulo, um horror.

- Mas você conseguiu interromper?

- Sim, por pouco tempo. Até onde consegui suportar a dor no estômago.

- Muito bem, meu caro. Você acaba de abrir uma fresta de uma das portas abandonadas da medicina. Mas fique tranqüilo, não há nada de errado com seu organismo. O que sentiu foi momentâneo, devido ao esforço que fez. Nada mais. Só não tente isso novamente.

Acabado o dia, Paulo voltou para casa, pensando no caso estranho de seu paciente, e nas conseqüências ainda mais estranhas que o ato causou. Conversou com sua mulher sobre o fato, mas não com seu filho, temendo uma atitude semelhante do garoto, que ficaria mais curioso que ele próprio.

Na madrugada, dentro do banheiro e prestes a urinar, lembrou do paciente. Resolveu averiguar. Depois dos dois segundos iniciais, forçou a bexiga para prender o líquido. O choque da interrupção foi tamanho que Paulo inclinou-se de dor. Escorregou e bateu a cabeça na pia: relaxou seu abdômen, mijando-se todo. Recuperado do choque, embaraçado, Paulo tentou erguer-se, mas sentiu-se mal. Vomitou no chão limpo, mas já com poças de urina, do banheiro.

No dia seguinte foi trabalhar com uma faixa na cabeça; com vergonha da mulher, que o viu no lastimável estado lavando o banheiro na madrugada, e com a lembrança de sua finada avó, que sempre dizia: “Nunca prenda o xixi, Paulinho”.

Racunho para "A Maça".


sexta-feira, agosto 31, 2007

Pinguari.

Fato estranho ocorre na cidade de Pinguari. Cidade cercada pela ausência de cidades, em quase total isolamento econômico, cultural, informativo. Onde os cidadãos transavam como cães, incansavelmente.
Fato bizarro. Mas se em Pinguari as pessoas transavam como cães, o que os cães faziam? Dormiam em suas camas confortáveis; conversavam sentados em frente das casas, debruçados nas janelas; levavam a vida, viviam.
Pinguari foi invadida por pesquisadores de todas as raças e ramos. Alemães, ingleses, japoneses, africanos, brasileiros e americanos: todos correram para transar como animais. E foram observados pelos cães, que desse fato nada aprendiam.

domingo, agosto 26, 2007

domingo, agosto 19, 2007

Os Porcos.

Rômulo e Remo

domingo, agosto 12, 2007

O Cachorro e o Anão - 3.

O Anão e o Cachorro

Há três meses atrás, enquanto entregava um trabalho para um cliente, cartuns de segurança no trabalho, em uma obra de um futuro edifício comercial, tive o imenso prazer de conhecer Terry.

Terry Evermond é um empresário americano de breve passagem pelo Brasil. Possui uma rede de lojas de informática, a Comperck's. Esperava fazer negócio comprando um dos andares do prédio comercial onde o encontrei, expandindo sua rede até no Brasil.

Ao ouvir meu nome da boca do meu cliente, o chefe da obra, veio cumprimentar-me com real alegria. Perguntou se era eu o desenhista do blog "ENTRE O SONO e o sonho", elogiando-me pelos desenhos e textos e dizendo que sentiu maior interesse pela série "O Cachorro e o Anão".

Terry fala português fluentemente, assim como alemão, espanhol, japonês e italiano, devido a necessidade que seu trabalho impõe. Possui uma inteligência acima da média dos mais inteligentes e conversa de uma forma inspiradora e cativante. Trinte e oito anos bem vividos e aproveitados; uma figura realmente pictórica.

Fui convidado a uma reunião festiva que Terry promoveria em São Paulo. Contaria com presenças importantes: articuladores da informática no Brasil, empresários de sucesso e poucas celebridades comerciais, que Terry conhecia. Pagou-me a passagem e estadia.

Posso dizer que vi muita gente importante, que só observara pela televisão ou revista. Comida excelente, mulheres lindas, semi-deusas, e jazz de melhor qualidade tocado por um grupo americano que Terry trouxe direto dos EUA para a festa. Não receio em dizer que foi uma das melhores noites que já passei.

Sr. Evermond, como todos do salão o chamavam, elevou meus talentos artísticos, muito mais que eu mereço ou merecerei, aos outros convidados e pediu-me para acompanhá-lo à cobertura, onde estava hospedado com seu cachorro Pastor Alemão Branco : Bubastis.

A semelhança de nome do animal de Terry com o de Adrian Veidt, personagem do Watchmen, fez com que eu ficasse extasiado. Havia conhecido um homem semelhante ao brilhante personagem; e talvez, como no quadrinho, ele poderia ser um dos homens mais inteligentes do mundo.

Terry havia levado alguns de seus melhores amigos para a cobertura para assistirem uma prova de meu suposto domínio sobre o desenho. Entregou-me um lápis, um papel e uma prancheta: pediu para desenhá-lo com Bubastis.

Durante meu rápido trabalho, comentei sobre o bom nome de seu bom e belo cachorro, citei Watchmen e Adrian Veidt, e a engraçada semelhança que alojei no meu cérebro.

Depois de ter lido Watchmen procurei algo a respeito sobre o nome Bubastis: descobri ser uma cidade do antigo Egito que ficara famosa pela adoração da deusa Bastet. Fazia sentido. Adrian era fascinado pelo Egito. Faria sentido também o gosto de Terry pelo mesmo.

Perguntei se o motivo do nome era o mesmo do personagem, a cidade egípcia. E para minha surpresa ouvi Terry dizer: "Não, meu amigo, o nome é em homenagem a Watchmen, eu adoro aquela obra".

Passei somente algumas horas em São Paulo, mas foram mais que suficientes para acender o desejo de criação. Reconheci em Terry Evermond um fã sem igual de quadrinhos, e devo a isso seu respeito pelos meus humildes desenhos.

Dei o desenho ao Terry. Ele mandou-me uma cópia por e-mail; disse que minha arte estava em evolução e que não tardaria para descobrir minha própria capacidade de expressão; que seria uma grande artista no futuro.

Agradeço ao Terry pela grande experiência. E quando ouvir a palavra "anão" ou o nome da maravilhosa obra "Watchmen", lembrarei de Terry Evermond, o anão mais inteligente que o mundo concebeu. Obrigado Terry, e Bubastis.

O Anão e o Cachorro.

Francis Bacon.


domingo, agosto 05, 2007

Velho sentado.


Vi um senhor de idade sentado em frente à sua casa.

Achei fenomenal sua postura, o trançado da cadeira, o brilho do aço exposto ao sol, a tranqüilidade que ele transmitia.

Não tive tempo de sentar e desenhar ali na hora; não tinha máquina para fotografar.

Quando tentei me lembrar, posteriormente, de todos os detalhes do quadro que havia presenciado, só veio-me na cabeça minhas formas pré-definidas de sempre. Minha arte manjada e de total influência de artistas de quadrinhos. Um desenho fácil, simples, esquemático e sem emoção.

Oscar Wilde diz, no livro do Dorian Gray , que se conseguíssemos mostrar plenamente o que sentimos através da arte - livros, quadros, músicas - esqueceríamos de guerras, ódio, mesquinhez, enfim, toda essa bobagem em que vivemos hoje em dia. Viveríamos por arte e para arte.

Recordo remotamente alguma passagem da Bíblia, que diz que ao homem não foi dada a capacidade de lembrar-se nitidamente de seu passado, de coisas vistas - não recordo da conclusão do versículo.

Incomoda-me muito esse fato. A única coisa que me incomoda, na verdade. O fato das pessoas não ligarem, simplesmente, de levarem uma vida patética e sem significado.

E aos que ligam, e já experimentaram o gosto da excelência - como escreveu Harlan Ellison na introdução do Sandman - Estação das Brumas - , a realidade se torna um peso enorme de tédio e banalidade.

Isso explica o fato da maioria dos artistas, bons e verdadeiros artistas, serem considerados esquisitos, extravagantes.

Eu não diria isso, digo que são raros, muito raros!


"Talvez seja este o único aspecto desalentador da excelência: ela transforma a vida num mundo medíocre, algo muito semelhante a um inferno. É uma percepção sutil, mas desesperadora."

Harlan Ellison

"... creio que se o homem vivesse uma vida plena, completa, se desse forma a toda sensação, expressão a todo pensamento, realidade a todo sonho, creio que o mundo conquistaria um impulso, tão novo, de alegria, que nos esqueceríamos de todos os males do medievalismo e retomaríamos ao ideal helênico, a algo mais requintado, mais substancial mesmo, quem sabe."
Oscar Wilde

Insanidade.


Momentos passageiros, freqüentes, de insanidade no seu maior nível de atuação.

A Causa Secreta

"Dois dias depois — exatamente o dia em que os vemos agora — Garcia foi lá jantar. Na sala disseram-lhe que Fortunato estava no gabinete, e ele caminhou para ali; ia chegando à porta, no momento em que Maria Luísa saía aflita.

— Que é? perguntou-lhe.

— O rato! o rato! exclamou a moça sufocada e afastando-se.

Garcia lembrou-se que, na véspera, ouvira ao Fortunato queixar-se de um rato, que lhe levara um papel importante; mas estava longe de esperar o que viu. Viu Fortunato sentado à mesa, que havia no centro do gabinete, e sobre a qual pusera um prato com espírito de vinho. O líquido flamejava. Entre o polegar e o índice da mão esquerda segurava um barbante, de cuja ponta pendia o rato atado pela cauda. Na direita tinha uma tesoura. No momento em que o Garcia entrou, Fortunato cortava ao rato uma das patas; em seguida desceu o infeliz até à chama, rápido, para não matá-lo, e dispôs-se a fazer o mesmo à terceira, pois já lhe havia cortado a primeira. Garcia estacou horrorizado.

— Mate-o logo! disse-lhe.

— Já vai.

E com um sorriso único, reflexo de alma satisfeita, alguma coisa que traduzia a delícia íntima das sensações supremas, Fortunato cortou a terceira pata ao rato, e fez pela terceira vez o mesmo movimento até a chama. O miserável estorcia-se, guinchando, ensangüentado, chamuscado, e não acabava de morrer. Garcia desviou os olhos depois voltou-os novamente, e estendeu a mão para impedir que o suplício continuasse, mas não chegou a fazê-lo, porque o diabo do homem impunha medo, com toda aquela serenidade radiosa da fisionomia. Faltava cortar a última pata; Fortunato cortou-a muito devagar, acompanhando a tesoura com os olhos; a pata caiu, e ele ficou olhando para o rato meio cadáver. Ao descê-lo pela quarta vez, até a chama, deu ainda mais rapidez ao gesto, para salvar, se pudesse, alguns farrapos de vida.

Garcia, defronte, conseguia dominar a repugnância do espetáculo para fixar a cara do homem. Nem raiva, nem ódio; tão-somente um vasto prazer, quieto e profundo, como daria a outro a audição de uma bela sonata ou a vista de uma estátua divina, alguma coisa parecida com a pura sensação estética. Pareceu-lhe, e era verdade, que Fortunato havia-o inteiramente esquecido. Isto posto, não estaria fingindo, e devia ser aquilo mesmo. A chama ia morrendo, o rato podia ser que tivesse ainda um resíduo de vida, sombra de sombra; Fortunato aproveitou-o para cortar-lhe o focinho e pela última vez chegar a carne ao fogo. Afinal deixou cair o cadáver no prato, e arredou de si toda essa mistura de chamusco e sangue.

Ao levantar-se deu com o médico e teve um sobressalto. Então, mostrou-se enraivecido contra o animal, que lhe comera o papel; mas a cólera evidentemente era fingida. "
Machado de Assis

domingo, julho 29, 2007

Surrealismo.

Surrealismo, surrealismo...
Por que você usa chapéu?
Bem ...
porque eu quero!

O Amor de Oliver.


sexta-feira, julho 27, 2007

Contradição.

Contradição: para elevar-se da mediocridade humana é necessário aceitar sua triste condição; aceitá-la como sendo a melhor possível e perceber sua impossível mutabilidade.

Pessimismo.

Seria lamentoso,
Na velhice, lembrar
Dos melhores momentos,
De vida, e não conseguir
Descrevê-los, por conta
Da nódoa preta
Do meu pessimismo.

terça-feira, julho 17, 2007

Fauno.


Desenhar copiando fotografias de filmes é uma coisa. Imaginar seres não humanos por conta própria é outra coisa.

Estou assimilando pelancas e deformidades dos monstros alheios para conseguir criar meus próprios; para uma entre milhares de histórias em quadrinhos que aguardam ser desenhadas.

O que mais me anima é que quanto mais os roteiros - do Stan Lee brasileiro - evoluem, meus desenhos e minhas idéias de ângulos e formas também sobem um degrau, humildemente, mas melhoram um pouco.

Fico imaginando quando eu realmente sentar e desenhar tudo isso. Não tem como: seremos chamados para a Marvel Comics ou DC.

Mas como diria o Chico: "Quando penso na vida pra levar, sento e me calo com a boca de feijão".

obs.: Para quem não assitiu ainda, "El Laberinto del fauno"/"Pan's Labyrinth"/"O Labirinto do Fauno" é altamente recomendado. Principalmente a parte dos coelhos.

Jabba the Hutt.


sexta-feira, julho 13, 2007

Ultravelho - 2005/2006


Estava procurando algum caderno velho para anotar minhas futilidades.

Mexendo no meio dos livros do colégio e apostilas abandonadas do cursinho eis que o encontro: o caderno de 2005/2006 - o usei os dois anos seguidos. Sem separação de matéria, sem datas, com a capa rabiscada e desenhos pertubadores.


Realmente um achado.


Todos os desenhos que achei já tinham sidos apagados automaticamente da minha memória.


O acima é o bom e velho Velhão. Um Velhão alternativo, sem barriga, magro como um doente e com pose indie. Acho que foi por isso mesmo que desenhei, havia começado a "depravação indie" na época, talvez queria desenhá-lo nesse estado para criticar ironicamente a imagem indie que me perseguia.


Mas a loucura indie passou, como li em algum lugar: "todas as bandas já lançaram seu 2º CD". E sobrevivi, com alguns resquícios vergonhosos de minha insanidade temporária - CD's gravados do Interpol, Yeah, Yeah, Yeahs e afins- , mas estou firme e consciente.


Mas a vergonha é inevitável.


Esse é o tipo de desenho que minha avó não gostaria que eu fizesse; desculpe vó, é que "sometimes, there is so much shit in the world".

No ano passado eu ainda conseguia falar com o Andrij.


E confabulando uma marca para nossos quadrinhos ele sugeriu "sheep-o".


Tinha algum significado, até desenhei o logo. Mas quem lembra dessas coisas?


Talvez o Andrij ainda lembre o significado. Mas não consigo mais nem perder 2 horas da minha vida no computador sem me sentir culpado por não estar lendo ou fazendo uma coisa útil para meu futuro; assim é díficil falar com um cara que mora agora do outro lado do mundo.

Mas o "sheep-o" não foi para frente.


Criamos o Tuatara.



As idéias do Ulisses são sempre melhores que a nossa. E não seria diferente dessa vez.

Ainda acredito no Tuatara, tenho tanto roteiro escrito pelo Ulisses que se começasse a desenhar nesse momento ficaria pelo menos um ano e meio desenhando antes de terminar. Fato.

Mas não temos nem mais tempo de se reunir.

E é preocupante quando você descobre a resposta para pergunta que fez tanto tempo para si mesmo em relação aos seus pais: "por que eles não têm amigos de verdade?" ...

Mas isso não acontecerá com o Tuatara. Seria muito desperdício; de três talentos. ___________________________________________________________________

Incrível como um caderninho de merda te faz lembrar de tanta coisa.

Cadeira.


Júlio César.

quinta-feira, julho 12, 2007

Comentários banais de um homem sem tempo - Mangá.

Acredito que 80 % dos amantes dos quadrinhos japoneses nunca leram um bom quadrinho americano, seja da época inicial do Homem-Aranha, histórias clássicas do Demolidor , publicações da DC, ou até mesmo - nesse caso uma comparação cruel - graphic novels como Watchmen e Sandman.

O Mangá atual segue um padrão que chamo de efeito rotativo.

Efeito esse que agiu contra os histórias americanas.

Ao ser criado, o Homem-Aranha - serve de exemplo por ser o mais pop - também teve seu rosto em camisetas, seu próprio desenho, bonecos, pirulitos, bonés, chinelos, e uma infinidade de mercadorias com seu nome, porém seu brilho inicial foi sendo apagado por outros personagens ou mudança de estilo nas histórias ou outro fator qualquer. Digamos que "morreu de velhice".

Li esse termo, "os quadrinhos americanos estão fadados a morrer de velhice", em um livro que mostra a trajetória do mangá. Pejorativo, obviamente, uma vez que defende as publicações do oriente.

Achei um boa frase, com algum sentido talvez, mas discordo. Os heróis ocidentais perderam parte da força que tinham comercialmente falando, o efeito nos jovens de hoje. Isso explica a fragmentação de algumas histórias em milhares de capítulos.

Por que os orientais não estão fadados à maldição da velhice?

Efeito rotativo:

Goku é o Naruto, que é o Kuabara, que é o Spike, que é o Kenshin; basicamente são criados sob o mesmo princípio: alguém tem um sonho, supera limites, o realiza e é o melhor do mundo: fim.

Lobo solitário não se encaixa no tipo de mangá que critico. Evangelion também é diferente, mas tem seu pezinho no clichê japonês.

domingo, julho 08, 2007

Laila.

Dando início a minha carreira de fotógrafo amador, a primeira foto do blog.

Adeus, Mãe ...

" ... cuide bem das crianças, e mande um abraço para Teresa."

Eloquência.

"Estou dizendo ... eram três fantasiadas de demônio... sim, sim, com pistolas a laser."

terça-feira, julho 03, 2007

O gato.

Seguia distraído quando vi o gato ao longe. Era de um tom marrom, rajado; pequeno; estava estático, em postura de ataque, olhando para um lugar que não me era visível até então.

Continuei em sua direção, admirado com sua postura e concentração oriental. Cheguei perto o suficiente para perceber que ele tinha um público: congelado em frente ao portão, o felino era observado pelos moradores da casa, um casal de idosos, sentados no quintal em um par de cadeiras de praia, quietos e concentrados como o bichano.

Entrei no campo de visão dos velhos, no começo do portão da casa, e assustei-me com o vôo de dois pássaros; voaram assustados com minha súbita presença. Eram as futuras vítimas do gato.

Inconsolavelmente o gato permaneceu em sua postura por alguns segundos. Olhou para mim com um ar triste; continuou me olhando até eu desaparecer ao virar a próxima esquina.

Os dois idosos soltaram um suspiro mudo. O homem tentou se levantar da cadeira, lentamente, indignado. A mulher o ajudou e entraram na casa.

Estraguei um espetáculo. Criei outro digno de nota.

Rebeca Gilmour e Billy Mason.


Home ...

...Home again
I like to be here when I can
When I come home cold and tired,
It's good to warm my bones beside the fire
Far away across the field
The tolling of the iron bell
Calls the faithful to their knees
To hear the softly spoken magic spells.

sexta-feira, junho 29, 2007

Às vezes eu
Só quero turn off
Sem um pingo de pensamento
Ausência total
Silêncio.

domingo, junho 24, 2007

O Homem que Sabia Fingir.

"Ora, o que é a vida? É uma espécie de comédia contínua em que os homens, disfarçados de mil maneiras diferentes, aparecem em cena, desempenham seus papéis, até que o diretor, depois de tê-los feito mudar de disfarce e aparecer ora sob a púrpura soberba dos reis, ora sob os andrajos repulsivos da escravidão e da miséria, força-os finalmente a sair do palco."

Erasmo de Rotterdam



Ele não era especial. Acordava, trabalhava, comia, dormia; tudo dentro dos limites da normalidade e rotina. Até mesmo seu nome era comum: Sebastião.

Sebastião não percebeu quando ou onde, mas sua tolerância e calma com o vulgar se esgotaram.

Olhou para os lados e viu que não tinha sua própria casa, olhou para fora e lembrou que não tinha carro, passou a mão pela estante e sentiu não ter livros; olhou para si mesmo e chorou por não ter mais a juventude e algo que pudesse valer mais que um salário mínimo.

“Sebastião...”, pensava ele, “você não vale mais que um mísero salário mínimo”.

Naquela tarde pensou em se matar, mil modos e maneiras de fugir do terror em que acordara. Porém como pode haver morte onde nunca houve vida?

Sebastião resolveu viver.

Acordou triste no dia seguinte, porém enganou a si mesmo: levantou cantando músicas populares, dançando, distribuindo “bom-dia” para todos os seres vivos e não vivos.

Não se sentia bem em momento algum, mas resolveu fingir. Sem conselhos de sábios mestres, sem ter estudado teorias filosóficas de críticos católicos, sem nenhuma instrução, fingia por conta própria, o puro e verdadeiro fingimento de Sebastião.

Meses se passaram. Sebastião havia resolvido simular ser superior ao seu próprio chefe de departamento, onde trabalhava, para sentir-se melhor. Agia como um sujeito mais esperto e sagaz que seu vigia, adotava posturas novas, palavras diferentes, expressões faciais e corporais distintas do velho Sebastião.

Imitou o chefe do departamento, depois atuou no escritório, contracenou com o subgerente, passou texto com o gerente, e depois de aproximadamente um ano e meio lá estava Sebastião representando com o dono da empresa.

Outras atuações ocorreram nesse tempo de um ano e meio.

Sentia-se sozinho toda a noite, sem ninguém para conversar, sem alguém para rir ou chorar. Aventurou-se no modo mais puro da representação: o amor!

Patrícia era jovem, bonita, inteligente, simpática e elegante. Sebastião era muito mais que isso. Atuou bem e recebeu como prêmio, seu Oscar de melhor ator, o coração da moça, devota e totalmente sincera em seus sentimentos.

Sebastião não disse à Patrícia ser mais jovem, mais rico, ou mais inteligente, ele a convencia, a forçava a vê-lo ao seu modo.

O lado triste e verdadeiro de Sebastião, que sempre o lembrava que tudo não passava de mera interpretação, foi se calando aos poucos, até que tornou-se um ponto pequeno no espírito jovem e contagiante. Mas ele voltaria, Sebastião sabia disso, mas fingiu esquecer.

Os dias foram passando assim. Meses, anos, décadas...

Sebastião agora tinha casa, carro, mulher, dois filhos, livros de encher os olhos e a alma, salário milionário e uma saúde incrível para sua idade.

Acordado na madrugada enquanto fingia estar lendo entusiasmadamente, Sebastião começou a pensar nas outras pessoas que são como ele era; pensou nas que são piores do que era; pensou na fome, no frio, na morada na rua. Pensou muita coisa.

Começou a sentir nojo de si mesmo, enquanto divertia-se mascarando a realidade com suas hipocrisias sem tamanho. Achou necessário mudar sem causar danos aos amigos e parentes cativados pelo fingimento, continuava a ser o homem feliz para eles.

Sebastião empenhava-se todo o dia para ajudar os necessitados e carentes. Doações grandiosas, eventos, confecções de roupas e até mesmo um projeto ousado de moradia. O mais notório homem da cidade, e o mais doente.

O câncer não se desenvolveu calma e silenciosamente, causou danos e gritaria, mas Sebastião não lhe deu ouvidos.

Até sua morte ninguém jamais soube de algo que levantasse a menor suspeita de sua doença, antiga vida ou do sofrimento solitário. Sebastião foi impecável desde o começo até o fim de sua peça magnífica.

Sua morte foi em um dia chuvoso, carregado, triste, pesado.

Não houve expediente na cidade, não houve riso algum, todos sentiram a grande perda.

Patrícia chorava pelo marido mais perfeito que já existiu, os filhos pelo melhor amigo e educador, os amigos pelo melhor sujeito, a igreja pelo cristão mais puro, o sócio pelo melhor empreendedor do estado, os pobres pelo mais bondoso, os ladrões pelo mais respeitado, os parentes pelo homem que mudou de vida pelo esforço.

A natureza chorou o único homem que soube viver.
E choveu durante toda a semana.

Hoje em dia os boatos sobre Sebastião ultrapassam a casa das centenas. Ainda ocorrem os conflitos para torná-lo um santo. Livros foram escritos, poemas e músicas cantadas.

Os escritos sobre ele dizem que Sebastião sabia exatamente o dia em que iria falecer – sem apresentarem maiores explicações.

Patrícia nunca casou-se novamente. Deu continuidade ao trabalho do marido e morreu poucos anos depois.

Como soltar fogos pelo braço.


sábado, junho 23, 2007

The Strange Case of Dr. Jekyll and Mr. Hyde Junior.


Altivo.

Bocejo,
Mas não
Tenho sono

Estou sentado
Com a mão
Apoiando o queixo

Tudo é tão fácil.

domingo, junho 17, 2007

Meteoro Boy - Passado, Presente, Futuro. ->1.


->2.


-> 3.


-> 4.


Essa sequência (1-4) seria parte de uma história futura do Meteoro Boy .

Mas Meteoro ficou Marc Spector demais.

TV.


quinta-feira, junho 07, 2007

The Old Knight Returns.

O Velhão.
The Old Knight Returns.

Fiquei pensando em como poderia ser um Teaser Trailer das histórias do Velhão.

Depois de um tempo rabiscando, percebi que esse é um personagem que possui personalidade própria.

"Mas ele é um velho, um simples senhor sem habilidades." - Batman.

"Com todo respeito, mas ele deve estar dormindo a essa hora! rá!" - Homem-Aranha.

"Patético!" - Wilson Fisk.

-

"Depois de anos respeitando o território dos outros super-heróis, me escondendo, sendo paciente, preservando um sentimento neutro, sou obrigado a mostrar aos meus companheiros o que estava evitando demonstrar. Depois dos recentes e vexatórios incidentes envolvendo Peter Parker, o que chamam de Homem-Aranha, decidi transformar suas calúnias em armas, que durante a humilhação, serão usadas totalmente contra ele, e os outros." - Velhão, em pronunciamento recente para o Planeta Diário.
"Outrora, o Deus Celestial entregou ao morcego uma cesta que continha toda a escuridão, e lhe pediu qua a levasse até a Lua. Mas o morcego foi descuidado, deixando a peça no solo, onde foi aberta por outros animais. E assim, a escuridão escapou.
Hoje, o morcego passa todas as noites voando sem parar, numa tentativa de confinar as trevas de volta no cesto. E durante seus vôos, ele avista muitas coisas secretas."

Hellboy
Paragens Exóticas

A produção e reprodução : o trabalho.

Esquema de uma parte fundamental da teoria marxista.


sábado, junho 02, 2007

O Cachorro e o Anão - 2.



Talvez você me pergunte o motivo da mudança do anão e seu cachorro. "Por quê?"
Acredito que a mudança se deve ao fato do anão ter conseguido comprar ,e ler, todas as melhores histórias do Demolidor já publicadas até agora. Ou não seja nada disso, talvez só esteja feliz por ter achado uma camiseta de super-herói, coisa impossível na cidade onde mora. Ou mais impressionante ainda: ter conseguido uma máscara idêntica ao do Homem sem Medo para seu cachorro. Ou ele está satisfeito porque acha Frank Miller muito bom e o Demolidor ... segundo suas palavras ... "simplesmente genial!".





A Função de um Elogio.

A função de um elogio,
Sincero,
É animar o estado
Do espírito triste,
Severo.

A função de um elogio
Cheio de bem-aventurança
É acariciar a alma,
Não extrair dela
O último fio de esperança.

Como um verme
Em frente à mariposa
Contempla
A forma que queria ser,
Triste e angustiado,
Na realidade que é
Não poder...

...recebo com fraqueza
O elogio
Da que contemplo.
Com prazer,
Porém com pesar e pena
Pois, na realidade,
Não a posso ter.
Um dia passado
Mais esforços minguados
Mais risos festeiros
Pedras roladas
Arapucas armadas
Uma terra jogada
Pelo coveiro, matreiro
Da seqüência finita,
Do sepultamento.
O fim
Descanso
Lamento.

Mais um dia nascente!
Esperança ardente,
Pensamento elevado,
Futuro amado,
Piedade sincera:
Pó mágico jogado
Pelo coveiro, matreiro
Da seqüência engraçada
Da aposta humana
Na melhora
Passa o dia...
Piora.

Mais um dia passado.

Dez Minutos.

- Fora por dez minutos! – disse o professor, tímido.
- Merda... foda-se!
- E não jogará na quinta que vem! – ousou ainda mais o subordinado, crescendo sobre o garoto.
- Eu vou!
- Não vai!
- Meu pai paga isso aqui. Eu vou jogar!

Fim de conversa. Espanto do professor, amedrontado e perdido. Glória do aluno, confiante e decidido, fora do jogo... por dez minutos.

O Guardador de Carros.

Sentia-se feliz por trajar um jaleco branco e usar uma bolsa com o emblema do local onde trabalhava, acessórios exclusivos dos médicos e residentes do hospital, mas era apenas um guardador de carros.
Incomodava, no começo, os funcionários, os cirurgiões, as enfermeiras, seguindo-se sempre e perguntando sobre doenças e remédios. Era somente o guardador de carros, porém com o tempo ganhou a simpatia dos médicos. Começou a ser tratado como tal, ganhou seu próprio jaleco. Tudo de brincadeira.

Foi também de brincadeira que conversando com um vizinho de bairro dentro do ônibus, declarou-se um dos médicos principais do hospital. O vizinho, com problemas de saúde, pediu ajuda: remédios para livrar certas dores estranhas de sua mulher grávida de poucos meses. Com ares de doutor, escolhendo algumas difíceis palavras ao acaso e complicadas denominações de remédios por ele desconhecido, o guardador de carros receitou de forma segura o medicamento a ser comprado.

Seu vizinho angustiado voltou a contatá-lo dias depois, sua mulher estava pior e o remédio receitado só era vendido sobre prescrições médicas. Foi com entusiasmo infantil que o guardador de carros do estacionamento do hospital escreveu então sua primeira receita, na folha exclusiva do hospital, com marca própria, endereço, assinatura do diretor geral. Analisada friamente pelo farmacêutico, foi constatada a veracidade da autorização feita pelo guardador de carros.

Passaram-se dias, meses, e o guardador não viu mais seu vizinho no ônibus, ou em parte alguma. Ele havia se suicidado, após sua mulher ter perdido seu futuro filho e entrado em profunda depressão. O filho pequeno do vizinho ficou gravemente doente também, pois sua mãe não o alimentava corretamente; depois da morte do marido ela mal se movia.
Os médicos e funcionários do hospital não ficaram sabendo do ocorrido, nem mesmo o falso doutor soube. E continuaram o tratamento ilustre ao grande amigo guardador de carros. Afinal... era tudo brincadeira.

domingo, maio 27, 2007

Enterro.


Os Contos Extraordinários de ...



Mais uma das milhares de idéias para meus futuros quadrinhos.

Ainda não tenho um nome definido para esse personagem, mas já sei o contexto.
A intenção dessas histórias será treinar minha capacidade para contos bizarros, ou extraordinários para ser menos agressivo.
O contador dos contos será o personagem acima, que interpretará suas histórias pelo preço de uma moeda.

"Um conto?
Uma moeda!"
Eu serei o ouvinte dessas história, o personagem que dividirá o papel principal com esse velho.
De histórias urbanas à relatos alienígenas, o leque de cultura desse velho proporcionará grandes prazeres para o ouvinte, que o buscara no dia seguinte para contar mais um conto, e mais um, e mais um ... aumentado a cada dia seu mistério, sua origem, pois ao mesmo tempo que se veste como um mendigo, fala e gesticula como um lorde. Ou quando se veste como um finíssimo cavalheiro, fala e baba como um mendigo.
Só falta um nome.