domingo, julho 29, 2007

Surrealismo.

Surrealismo, surrealismo...
Por que você usa chapéu?
Bem ...
porque eu quero!

O Amor de Oliver.


sexta-feira, julho 27, 2007

Contradição.

Contradição: para elevar-se da mediocridade humana é necessário aceitar sua triste condição; aceitá-la como sendo a melhor possível e perceber sua impossível mutabilidade.

Pessimismo.

Seria lamentoso,
Na velhice, lembrar
Dos melhores momentos,
De vida, e não conseguir
Descrevê-los, por conta
Da nódoa preta
Do meu pessimismo.

terça-feira, julho 17, 2007

Fauno.


Desenhar copiando fotografias de filmes é uma coisa. Imaginar seres não humanos por conta própria é outra coisa.

Estou assimilando pelancas e deformidades dos monstros alheios para conseguir criar meus próprios; para uma entre milhares de histórias em quadrinhos que aguardam ser desenhadas.

O que mais me anima é que quanto mais os roteiros - do Stan Lee brasileiro - evoluem, meus desenhos e minhas idéias de ângulos e formas também sobem um degrau, humildemente, mas melhoram um pouco.

Fico imaginando quando eu realmente sentar e desenhar tudo isso. Não tem como: seremos chamados para a Marvel Comics ou DC.

Mas como diria o Chico: "Quando penso na vida pra levar, sento e me calo com a boca de feijão".

obs.: Para quem não assitiu ainda, "El Laberinto del fauno"/"Pan's Labyrinth"/"O Labirinto do Fauno" é altamente recomendado. Principalmente a parte dos coelhos.

Jabba the Hutt.


sexta-feira, julho 13, 2007

Ultravelho - 2005/2006


Estava procurando algum caderno velho para anotar minhas futilidades.

Mexendo no meio dos livros do colégio e apostilas abandonadas do cursinho eis que o encontro: o caderno de 2005/2006 - o usei os dois anos seguidos. Sem separação de matéria, sem datas, com a capa rabiscada e desenhos pertubadores.


Realmente um achado.


Todos os desenhos que achei já tinham sidos apagados automaticamente da minha memória.


O acima é o bom e velho Velhão. Um Velhão alternativo, sem barriga, magro como um doente e com pose indie. Acho que foi por isso mesmo que desenhei, havia começado a "depravação indie" na época, talvez queria desenhá-lo nesse estado para criticar ironicamente a imagem indie que me perseguia.


Mas a loucura indie passou, como li em algum lugar: "todas as bandas já lançaram seu 2º CD". E sobrevivi, com alguns resquícios vergonhosos de minha insanidade temporária - CD's gravados do Interpol, Yeah, Yeah, Yeahs e afins- , mas estou firme e consciente.


Mas a vergonha é inevitável.


Esse é o tipo de desenho que minha avó não gostaria que eu fizesse; desculpe vó, é que "sometimes, there is so much shit in the world".

No ano passado eu ainda conseguia falar com o Andrij.


E confabulando uma marca para nossos quadrinhos ele sugeriu "sheep-o".


Tinha algum significado, até desenhei o logo. Mas quem lembra dessas coisas?


Talvez o Andrij ainda lembre o significado. Mas não consigo mais nem perder 2 horas da minha vida no computador sem me sentir culpado por não estar lendo ou fazendo uma coisa útil para meu futuro; assim é díficil falar com um cara que mora agora do outro lado do mundo.

Mas o "sheep-o" não foi para frente.


Criamos o Tuatara.



As idéias do Ulisses são sempre melhores que a nossa. E não seria diferente dessa vez.

Ainda acredito no Tuatara, tenho tanto roteiro escrito pelo Ulisses que se começasse a desenhar nesse momento ficaria pelo menos um ano e meio desenhando antes de terminar. Fato.

Mas não temos nem mais tempo de se reunir.

E é preocupante quando você descobre a resposta para pergunta que fez tanto tempo para si mesmo em relação aos seus pais: "por que eles não têm amigos de verdade?" ...

Mas isso não acontecerá com o Tuatara. Seria muito desperdício; de três talentos. ___________________________________________________________________

Incrível como um caderninho de merda te faz lembrar de tanta coisa.

Cadeira.


Júlio César.

quinta-feira, julho 12, 2007

Comentários banais de um homem sem tempo - Mangá.

Acredito que 80 % dos amantes dos quadrinhos japoneses nunca leram um bom quadrinho americano, seja da época inicial do Homem-Aranha, histórias clássicas do Demolidor , publicações da DC, ou até mesmo - nesse caso uma comparação cruel - graphic novels como Watchmen e Sandman.

O Mangá atual segue um padrão que chamo de efeito rotativo.

Efeito esse que agiu contra os histórias americanas.

Ao ser criado, o Homem-Aranha - serve de exemplo por ser o mais pop - também teve seu rosto em camisetas, seu próprio desenho, bonecos, pirulitos, bonés, chinelos, e uma infinidade de mercadorias com seu nome, porém seu brilho inicial foi sendo apagado por outros personagens ou mudança de estilo nas histórias ou outro fator qualquer. Digamos que "morreu de velhice".

Li esse termo, "os quadrinhos americanos estão fadados a morrer de velhice", em um livro que mostra a trajetória do mangá. Pejorativo, obviamente, uma vez que defende as publicações do oriente.

Achei um boa frase, com algum sentido talvez, mas discordo. Os heróis ocidentais perderam parte da força que tinham comercialmente falando, o efeito nos jovens de hoje. Isso explica a fragmentação de algumas histórias em milhares de capítulos.

Por que os orientais não estão fadados à maldição da velhice?

Efeito rotativo:

Goku é o Naruto, que é o Kuabara, que é o Spike, que é o Kenshin; basicamente são criados sob o mesmo princípio: alguém tem um sonho, supera limites, o realiza e é o melhor do mundo: fim.

Lobo solitário não se encaixa no tipo de mangá que critico. Evangelion também é diferente, mas tem seu pezinho no clichê japonês.

domingo, julho 08, 2007

Laila.

Dando início a minha carreira de fotógrafo amador, a primeira foto do blog.

Adeus, Mãe ...

" ... cuide bem das crianças, e mande um abraço para Teresa."

Eloquência.

"Estou dizendo ... eram três fantasiadas de demônio... sim, sim, com pistolas a laser."

terça-feira, julho 03, 2007

O gato.

Seguia distraído quando vi o gato ao longe. Era de um tom marrom, rajado; pequeno; estava estático, em postura de ataque, olhando para um lugar que não me era visível até então.

Continuei em sua direção, admirado com sua postura e concentração oriental. Cheguei perto o suficiente para perceber que ele tinha um público: congelado em frente ao portão, o felino era observado pelos moradores da casa, um casal de idosos, sentados no quintal em um par de cadeiras de praia, quietos e concentrados como o bichano.

Entrei no campo de visão dos velhos, no começo do portão da casa, e assustei-me com o vôo de dois pássaros; voaram assustados com minha súbita presença. Eram as futuras vítimas do gato.

Inconsolavelmente o gato permaneceu em sua postura por alguns segundos. Olhou para mim com um ar triste; continuou me olhando até eu desaparecer ao virar a próxima esquina.

Os dois idosos soltaram um suspiro mudo. O homem tentou se levantar da cadeira, lentamente, indignado. A mulher o ajudou e entraram na casa.

Estraguei um espetáculo. Criei outro digno de nota.

Rebeca Gilmour e Billy Mason.


Home ...

...Home again
I like to be here when I can
When I come home cold and tired,
It's good to warm my bones beside the fire
Far away across the field
The tolling of the iron bell
Calls the faithful to their knees
To hear the softly spoken magic spells.