Havia, há algum tempo,
Algo diferente
Eu sei
Eu vivi
Conheci o que se perdeu
De todos foi roubado,
Do pobre ao rico
Todos sentiram
Falta do que morreu
O novo substituiu
O novo apagou
Um feixe intenso na mente
Cobrindo com ardor
Alguém sobrou?
Alguém percebeu?
A humanidade ainda nova
Já se perdeu
Confundiu-se
Sozinha
Eu sei
Eu vivi
Não era assim
Olhe ao redor do mundo
Eles também sabem
Não conheceram
Não sentiram plenamente
Impedidos foram
Pela violência e miséria
Olhe para eles
Eles também sabem
Tristes
Calados
Eu sei
Eu vivo o novo
Minha lembrança turva
Minha luta
Minha indignação
Sinto o novo
Ouço o novo
Faço o novo
Não quero
Mas faço parte
E quando eu esquecer?
E quando o último brilho morrer?
Sentirão falta os novos,
De algo que não conheceram?
Saberão eles que o que dizem
E o que fazem
Foi corrompido?
Não
Ninguém sabe
Mas eu sei
Eu vivi
E permaneço triste
Vendo o fim
Assim ...
Se o esquecimento é uma dádiva, a lembrança é uma maldição.
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